E por trás desse coração durão, há um bebê. Sim, um bebê. Frágil, que muito chora. Não sabe o que fazer, não sabe se cuidar.

   Num dia chora mais, no outro menos. Às vezes parece estar tudo certo, esse bebê passa o dia risonho. Mas, à noite, quando deita em seu berço, vem aquela agonia e a vontade de chorar.

   Esse coração durão é o resultado de muita indiferença, de poucas palavras de afeto. De uma história mal resolvida.

   E esse bebê? Ah, esse bebê é o que eu me torno todas as noites.